O Stephen Curry, estrela dos Golden State Warriors, foi retirado do jogo contra os Houston Rockets no Toyota Center em Houston, Texas, no dia 27 de novembro de 2025, após sofrer uma contusão no quadríceps direito e uma distensão muscular. O jogador de 37 anos, que lidera a NBA em cestas de três pontos com 4,7 por jogo, não voltou ao quadro no quarto período — e agora, segundo o boletim médico da equipe, ficará fora por pelo menos uma semana. A lesão aconteceu quando ele pousou de forma incorreta após uma arrancada à cesta, um movimento que já o deixou fora de ação por três jogos em novembro por causa de uma doença e que vem sendo acompanhado de dores recorrentes no tornozelo direito. A situação é delicada: os Warriors, com recorde de 10-10 e oitavos na Conferência Oeste, enfrentam uma sequência crítica de jogos sem seu principal armador.

Um corpo cansado em uma temporada desgastante

Curry já vinha lidando com uma série de contratempos antes da lesão no quadríceps. Em 14 de novembro, durante vitória contra os San Antonio Spurs no Frost Bank Center, ele torceu o tornozelo direito. Quatro dias depois, na derrota para o Orlando Magic no Kia Center, o problema voltou. E antes disso, de 5 a 9 de novembro, ele perdeu três jogos por uma doença não especificada — algo raro para um atleta de sua disciplina. "Ainda estou me sentindo um pouco doente", confessou ele em entrevista em 20 de novembro. Agora, com a lesão muscular, o corpo de Curry, que já passou por duas cirurgias no tornozelo nos primeiros anos da carreira, parece estar sob pressão extrema. Os médicos dos Warriors insistem que não há risco de ruptura, mas o risco de recorrência é real — e por isso, a equipe está sendo extremamente cautelosa.

Os jogos que virão — e os que ele perderá

A ausência de Curry começa de fato no dia 29 de novembro, quando os Warriors recebem os New Orleans Pelicans no Chase Center, em San Francisco. Depois, seguem viagens para Oklahoma City (1º de dezembro) e Detroit (3 de dezembro). Em todos esses jogos, a equipe enfrentará adversários com defesas agressivas e ritmo acelerado — exatamente o tipo de confronto onde a capacidade de Curry de criar espaço e arremessar sob pressão faz toda a diferença. Sem ele, os Warriors perderam por 112-98 para os Miami Heat no dia 28 de novembro, com Jimmy Butler anotando 28 pontos e deixando claro: a equipe não tem um substituto de nível equivalente.

Quem vai carregar a ofensiva?

Com Curry fora, a responsabilidade ofensiva recai sobre três jogadores: Jimmy Butler, o veterano de 35 anos que foi trazido em julho para dar liderança; Draymond Green, o pivô defensivo que, aos 35, ainda é o cérebro tático da equipe; e Brandin Podziemski, o jovem de 22 anos que tem potencial, mas ainda não tem experiência em momentos decisivos. Butler, apesar de ser um jogador de elite, não é um criador de jogadas natural como Curry. Green, por sua vez, não tem o mesmo alcance de arremesso — e Podziemski, mesmo com boas atuações, ainda oscila. A falta de profundidade ofensiva fica evidente: nos últimos cinco jogos sem Curry, os Warriors pontuaram em média 10,3 pontos a menos por jogo.

Reabilitação e o calendário de retorno

O protocolo de recuperação segue o padrão RICE: repouso, gelo, compressão e elevação — mas com um toque moderno. A equipe de fisioterapia dos Warriors inclui sessões de crioterapia, estimulação elétrica e treinos de força progressiva, tudo monitorado por dados de movimento e biométricos. A reavaliação está marcada para 4 de dezembro de 2025. Se tudo correr bem, Curry pode retornar no dia 6 de dezembro, contra os Cleveland Cavaliers, também no Chase Center. Mas isso não é garantido. "Fazer Curry voltar cedo pode custar mais do que apenas alguns jogos — pode custar toda a temporada", disse um membro da equipe médica à Fox Sports. A ideia é preservar sua disponibilidade para os playoffs, onde a experiência dele é insubstituível.

Consequências para os playoffs

Na Conferência Oeste, apenas os seis primeiros lugares garantem vaga direta nos playoffs. Entre o sétimo e o décimo, entram no torneio de entrada — um caos de jogos de eliminação única. Os Warriors estão justamente na zona de risco: oitavos, com apenas 1,5 jogo de vantagem sobre o nono colocado. Sem Curry, o ritmo de vitórias desacelera. E com uma agenda brutal — 12 jogos fora nos primeiros 20, três séries de jogos consecutivos — cada derrota pesa. Um estudo da NBA Analytics mostrou que equipes que perdem seu líder de pontos por mais de uma semana têm 68% menos chances de terminar entre os seis primeiros. Curry não é só o arremessador: é o magnetismo que atrai defesas, abre espaço para os outros e mantém o ritmo da equipe. Sem ele, os Warriors viram um time diferente — e mais vulnerável.

Um histórico de lesões que preocupa

Curry nunca foi um jogador de corpo imbatível. Desde sua temporada de estreia, em 2009-10, ele enfrentou problemas crônicos no tornozelo. Na temporada de 2011-12, saltou cinco vezes com entorses — e jogou apenas 26 dos 66 jogos. Naquela época, muitos duvidavam se ele seria capaz de sustentar uma carreira longa. Hoje, ele é o MVP de duas vezes, campeão quatro vezes e o maior arremessador de todos os tempos. Mas a idade e o desgaste acumulado estão falando mais alto. O fato de ele ainda estar jogando em alto nível aos 37 anos é um milagre — e também um risco. Os Warriors sabem disso. Por isso, não vão forçar.