Disney Plus: aumento de assinatura em 2025? O que muda no Brasil e no mundo
Reajuste em streaming virou rotina, e a tendência não deve parar tão cedo. Mesmo sem acesso ao conteúdo específico sobre um novo aumento no Brasil, o movimento global é claro: o Disney Plus passou por reestruturações desde 2022, elevou preços em vários países e, para 2025, o pacote de mudanças inclui mais controle sobre compartilhamento de senhas e expansão de planos com anúncios. Isso costuma abrir caminho para novos valores na América Latina.
No Brasil, muita gente ainda tenta entender o pós-fusão: o catálogo do antigo Star+ migrou para dentro do Disney+, com esportes, filmes e séries adultos sob o mesmo teto. Quando um serviço cresce em conteúdo e funções, a empresa tende a reposicionar os planos, ajustar limites de telas e qualidade de vídeo e, com o tempo, revisar preços. É o padrão que vimos em outras regiões.
O que já mudou no Disney Plus
Primeiro, a integração do Star+ ao Disney+ na América Latina, que começou em 2024, ampliou catálogo e simplificou a assinatura — um login, um app. Isso costuma vir acompanhado de “novos níveis” de serviço (por exemplo, tiers que diferem em resolução máxima e número de dispositivos). Em mercados como Estados Unidos e Europa, o Disney+ também lançou a versão com anúncios e reajustou o plano sem anúncios em ondas anuais. Mesmo quando o plano com publicidade não chega de cara a um país, ele serve como âncora de preço e pressiona o valor do plano premium, sem anúncios.
Outro ponto é o combate ao compartilhamento de senhas. A Disney vem testando limites desde 2024 e já avisou que a aplicação plena será gradual e deve avançar em 2025. A lógica é parecida com a da concorrência: menos contas compartilhadas e mais contas pagantes. Na prática, famílias e amigos que dividiam uma mesma assinatura fora das regras oficiais podem ter que regularizar, aumentando a base de assinaturas — e o gasto total do grupo.
Também há um fator regional que pesa: moeda e impostos. Plataformas que cobram em moeda local sentem variações cambiais, inflação e ajuste de custos de operação. Quando a empresa renegocia direitos esportivos e amplia produção local, esse investimento entra na conta. O resultado muitas vezes aparece meses depois em ajustes de preço.
Por fim, o mercado inteiro ficou mais caro. Netflix subiu valores em diferentes países e limitou o compartilhamento; Apple TV+ e Prime Video também mexeram nos preços e nos benefícios. Esse ambiente cria “faixas de preço” novas, nas quais o Disney+ tende a se alinhar para não ficar defasado em receita por usuário.
Como se preparar para possíveis novos preços
Se você quer continuar com a assinatura, dá para reduzir o impacto com algumas escolhas simples. Vale revisar o plano atual, o uso real e as alternativas de parceria com operadoras e bancos digitais. Aqui vai um guia direto ao ponto:
- Revise o que você realmente usa: precisa mesmo de 4K e várias telas? Em muitos casos, baixar a resolução corta custo sem afetar sua rotina.
- Considere o ciclo anual: quando disponível, o plano anual costuma embutir desconto em relação ao mensal. Faça as contas para 12 meses.
- Olhe combos e parcerias: operadoras de celular, TV e até plataformas de e-commerce no Brasil oferecem descontos ou meses grátis. Esses acordos mudam, então vale checar periodicamente.
- Ative alertas de cobrança: reajuste não chega de surpresa — a plataforma avisa. Mantenha e-mail e notificações em dia para decidir com antecedência.
- Faça assinatura “sazonal”: vai maratonar uma franquia específica? Assine por 1 a 2 meses, conclua as séries e cancele. Volte quando houver novidade que te interessa.
- Organize perfis e downloads: se for trocar de plano ou cancelar, salve listas e verifique prazos de download offline para não perder conteúdo no meio do caminho.
- Fique de olho no plano com anúncios: se chegar ao Brasil, pode ser a saída mais barata — com interrupções comerciais. Para muita gente, compensa.
Quais são os sinais de que um reajuste está próximo? Normalmente, a plataforma dispara e-mails com mudanças nos termos, atualiza a página de planos e promove novidades de catálogo “premium” (como grandes estreias ou mais esportes). Outro sinal é a ampliação de recursos técnicos, como perfis infantis mais robustos, melhorias de áudio e HDR e aumento de dispositivos suportados — tudo isso custa caro de manter.
E o impacto para quem divide a conta? Com a restrição ao compartilhamento, o risco é o grupo ter que migrar para duas assinaturas separadas. O gasto total pode subir, mas há saída: realocar quem precisa de 4K para um plano superior e deixar quem só assiste no celular em um plano mais básico quando isso estiver disponível. Transparência entre o grupo ajuda a não pagar além do necessário.
Direitos do consumidor seguem valendo: quando há reajuste, o serviço deve comunicar com antecedência e oferecer caminho claro para cancelamento sem multa, se você não concordar. Guarde o e-mail de aviso, anote data de virada do ciclo e, se for o caso, encerre antes da renovação automática.
Então, o que esperar para 2025 no Brasil? O mais provável é: consolidação da fusão com o antigo Star+, ajustes finos nos planos, continuidade do combate ao compartilhamento e, em algum momento, revisão de preço para alinhar receita por usuário à média internacional. Se o plano com anúncios desembarcar por aqui, ele pode segurar o custo de entrada, enquanto o plano sem anúncios tende a ficar mais caro.
No fim, a melhor estratégia é dinâmica: acompanhe o catálogo, compare com seus hábitos, use períodos de maratona e aproveite parcerias. A indústria caminha para cobrar mais de quem quer tudo sem anúncios e oferecer opções mais em conta para quem aceita limites. Com organização, dá para manter acesso aos conteúdos da Disney gastando menos do que parece.
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